Carinhosamente conhecido pelo apelido de Chico, Luiz Henrique Spiazzi, estava aposentado após trabalhar no setor de vendas de maquinário agrícola. Ele deixa esposa, Rudiglaine Medeiros Spiazzi, e filho, Henrique Medeiros Spiazzi.
Fã de música, Luiz Henrique era eclético, mas não escondia suas preferências pelas bandas Pink Floyd, The Doors e Black Sabbath. Na juventude, foi integrante do Topsom, grupo de som mecânico dos eventos da cidade, sobretudo dos famosos saraus das Dores.
Seus lazeres eram assistir documentários sobre ciências e ufologia. No futebol, era o único gremista da família, mas sempre foi solidário com os rivais, exceto em grenais. Sempre recordava a infinidade de pescarias que participou ao lado do pai, Luiz Augusto Spiazzi, tios e primos. Passava grande parte do tempo, em longos períodos, em Capão da Canoa e em viagens de turismo. O que lhe causou problemas nos braços de tanto carregar malas.
- O bom Deus precisa de pessoas alegres, pessoas com estilo jovial, aqueles que não envelhecem, pois assim o Chico se mantinha, um gurizão - comenta a prima, Sandra Spiazzi.
Izabel Spiazzi relata sobre a saudade do irmão e lembra o lado humanista:
- Deus quer para si os seus eleitos. E o meu irmão Chico, tinha todos os predicados dos seres eleitos por ele. Uma alma pura, de criança, sem maldades, um coração de ouro. Temente a Deus. Mesmo magoado, ele perdoava. Não deixava matar uma formiga, porque era vida. Mas foste primeiro para a pátria espiritual para junto dos nossos pais preparar a nossa morada. Deus ilumine sua caminhada meu irmão.
A afilhada de Luiz Henrique, Isadora Guimarães, conta que nos 23 anos que teve contato com o padrinho ele foi vizinho e parceiro de prosa na janela:
- Agora, tudo virou uma linda lembrança, mas como ele me dizia: "Tu sabe, né? Tá no meu coração!". Saudades!
Luiz Henrique foi internado no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em 22 de dezembro, com agravamento dos sintomas da Covid-19. Ele ficou 50 dias na CTI. A esposa, Rudiglaine diz que ele foi um verdadeiro guerreiro.
- Muitos familiares e amigos se engajaram numa imensa corrente de orações. Contei a ele o quanto era querido e que precisaria viver 20 anos para agradecer e retribuir tamanha gratidão. Ele prontamente concordou com a cabeça - conta emocionada.
Luiz Henrique Spiazzi morreu aos 63 anos, em 9 de fevereiro, devido a complicações do coronavírus e a uma bactéria hospitalar. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério São José.